quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Morador faz vídeo e denuncia incineração de animais feita na Pecuária

Na semana passada incinerador da Fundenor emitiu fumaça tóxica que chegou às residências do bairro

A incineração das carcaças de animais, que acontece no Controle de Zoonoses (CCZ), com o incinerador da Fundenor, vem causando transtornos a moradores do bairro Pecuária, em Campos. Para denunciar os efeitos causados a partir deste procedimento, o morador Fabiano Silva, produziu um vídeo, na semana passada, mostrando o volume de fumaça tóxica que chegou às residências próximas.

“O cheiro é muito forte toda vez que acontece a queima dessas carcaças. Na última vez tive que fechar portas e janelas da casa de tanta fumaça que saiu do forno. Sabemos que a prática da incineração é legal, mas deveria existir um filtro específico que pudesse amenizar a emissão dessa fumaça, ou até mesmo a possibilidade do procedimento acontecer em um local isolado”, questionou o morador.

Segundo o responsável pelo laboratório animal da Fundenor, doutor Eduardo Gonçalves, a incineração é feita quinzenalmente e na última quarta-feira (21 de janeiro) aconteceu de chegar 700 quilos de material em putrefação – em estado de decomposição – uma quantidade que extrapolou a capacidade do forno.

“Foi um caso isolado que aconteceu na quarta-feira. Chegou uma quantidade grande vindo de uma instituição e não tive alternativa a não ser incinerar. Por causa da qualidade das carcaças aconteceu de exalar esse odor. Recebemos várias reclamações, mas todo processo de combustão tem que soltar fumaça, claro que trabalhamos para minimizar esses problemas. Antes, o nosso forno funcionava a combustível e exalava uma fumaça escura, agora funciona a gás, com a emissão de uma fumaça clara. Quando o forno foi inaugurado não existia a quantidade de casas e prédios ao redor. Seria necessário um local isolado para esse tipo de procedimento, mas para isso, é necessário recurso financeiro”, disse ressaltando que a Fundenor não recebe verbas dos governos.

Geralmente, as carcaças que chegam para Fundenor são de animais sacrificados vindos de instituição e clínicas. Eduardo explica que dependendo do estado do animal, que muitas vezes não respondem ao tratamento, veterinários optam pelo sacrifício, com autorização dos donos, tudo a base de medicação e sem dor.

Fonte: Terceira Via/Show Francisco



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