quinta-feira, 21 de maio de 2015

Explosão na P-56 deixa dois feridos na Bacia de Campos

E na P-25, vazamento de gás causa terror a 178 petroleiros

Dois petroleiros sofreram queimaduras de primeiro e segundo graus, durante a explosão de um disjuntor em um painel elétrico da plataforma P-56, na Bacia de Campos, na manhã desta quarta-feira (20).

Houve um princípio de incêndio, controlado pelos trabalhadores com o uso de extintores de CO2. A geração de energia caiu e a produção na unidade ficou paralisada até as 14 horas.

Randerson Gomes, 46 anos, e Marcus Vinícius Rocha de Almeida, 30, ambos técnicos de manutenção elétrica desembarcaram em Macaé no final da tarde desta quarta-feira (20) para tratamento no Hospital Público Municipal (HPM), que é referência para queimados na região.

Randerson e Marcus Vinícius são funcionários da Petrobras e fazem parte da equipe que foi deslocada à plataforma para realizar mudança no sistema de aterramento do painel. As causas do acidente ainda não são conhecidas.

Uma hipótese é a de falha no disjuntor. Randerson Gomes sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus nos dois punhos enquanto Marcus Vinícius foi atingido na mão direita. O diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Tezeu Bezerra, vai representar o sindicato na comissão de investigação do acidente.

Vazamento na P-25

Graças ao trabalho de contenção e a sorte, o vazamento de gás lift na plataforma P-25, no Campo de Albacora, na Bacia de Campos, na tarde do dia 11 não se tornou uma repetição da tragédia como a ocorrida no navio FPSO Cidade de São Matheus, onde um vazamento seguido de explosão causou nove mortos e 26 feridos. O acidente mortal aconteceu em fevereiro deste ano e ainda está bem recente na memória dos petroleiros e sindicalistas.

Segundo o diretor do Sindipetro-NF, Marcos Frederico Dias Breda, como os ventos estavam fortes, o acidente mesmo grave, não teve proporções mortais. O vazamento provocou a parada na produção da plataforma por mais de quatro horas, devido o risco de explosão.

Segundo relatório técnico, por volta das 14h30, os petroleiros detectaram o vazamento de gás lift, utilizado na produção de petróleo. Mesmo após o fechamento das válvulas permaneceu um vazamento residual na unidade.

De acordo com informações da empresa, no entanto, a emergência foi controlada. Por ser altamente volátil, o gás não teve seu volume vazado mensurado. Segundo Breda, do Sindipetro-NF, o local que apresentou o vazamento era semiaberto e permitiu uma boa ventilação, evitando tragédia maior.

De acordo com informações obtidas pelo sindicato junto aos trabalhadores, a linha de quatro polegadas estava visivelmente deteriorada e não suportou a pressão do gás. A plataforma conta com 178 trabalhadores a bordo. A força de trabalho chegou a ser mantida concentrada em grupos nos pontos de reunião. Não houve trabalhadores atingidos.

O Sindipetro-NF registrou no livro do Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos (Spie) a ocorrência e agora designará um fiscal para compor a comissão de investigação para apurar “mais um caso de insegurança”, segundo nota sindical.
Tânia Garabini/Terceira Via/Show Francisco



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